terça-feira, 8 de novembro de 2011

As vezes acontecem episódios no nosso cotidiano, que acabam por fazer com que alguns conceitos que tenho mudem. Por exemplo, para que serve a polícia na tua opinião? Eu aprendi quando era criança, a respeitar a polícia, e que polícia servia para cuidar da população, prender bandido, investigar crimes e na época, até cuidar do trânsito.

Hoje, assistindo a televisão, vejo cenas de uma invasão na USP, onde uns 500 policiais da Choque, com coletes, armas, capacetes e escudos, derrubaram as portas da reitoria da universidade e expulsaram os estudantes que lá estavam durante alguns dias, onde invadiram para reivindicar algumas atitudes tomadas pela universidade. Mais tarde, soube que alguns deles foram presos, e que tinham algumas horas para pagar a fiança, caso contrário iriam para o presídio central, mas lembro que recentemente juizes estavam dando liberdade para presos perigosos porque não tinha lugar na cadeia, mas agora para dar mostra de força e poder, querem prender todo mundo.

Não quero com isso, dizer que concordo com a invasão ou que acho que fumar maconha na universidade está correto, mas não entendo porque precisam mandar 500 policiais em uma operação tipo "rambo", sabendo que ali TODAS AS PESSOAS estão desarmadas (por estatuto) e não irão reagir, até porque não são idiotas. Em contrapartida, no presídio de Caxias do Sul, os detentos matam quem eles querem, e os juizes perguntam para eles se podem ou não prender fulano ou beltrano, porque ali a polícia não entra. Isso sem falar, que inclusive aparecem em matérias de televisão brigadianos indo nas casas das pessoas prender carteira de motorista, ou nas ruas fiscalizando IPVA, mas enquanto isso, vagabundo tá na rua, roubando, matando...

Então nessa hora entendo porque as vezes vejo 3 ou 4 viaturas na rua com sirene ligada porque mataram um na vila (e porque já está morto), mas enquanto estão assaltando a sua casa, ou roubando o seu carro, não aparece UM SÓ POLICIAL. Nem se ligar no 190. Enquanto toda aquela " força" policial estava lá na universidade, na parada do ônibus, no caixa eletrônico, alguém estava sendo roubado, sequestrado ou morto, enquanto a polícia está enfrentando estudantes, ou fiscalizando quem tem película escura ou quem tomou um vinho na janta.

E depois eu que sou Saraiva...