quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dia dos professores

Outro dia fiz alguns comentários sobre professores. Tenho certeza que tive vários ótimos, alguns meia-boca e talvez muitos ruins. Mas sempre tive como lema, que o aluno que faz o professor, ou seja, se eu for bom aluno, vou aprender.

Resolvi fazer uma homenagem aos professores, primeiro porque devo muito a eles, segundo porque esse dia faz parte da minha vida, afinal, nasci no dia do professor. Tenho idéia de nunca me tornar um, porque acho que seria o pior deles. O mais cruel talvez. Não concordo com a moleza que é o ensino hoje em dia, mas também, um bolsa família deve valer mais que o salário base de um professor, logo, fazer filhos sai mais em conta que ensinar. Talvez na família das bolsas, a que mais tenha me chocado, ainda em comparação com os professores, é o bolsa malandro. Sinceramente, quando recebi por email, não acreditei. Existe hoje um bolsa apenado, que paga algo em torno de 750 reais por mês para a esposa do apenado. Claro que não existe nenhuma remuneração para professores, para quem se esforça, sai de casa de manhã, estuda de noite, pega 4 conduções, esse não é coitado. Da mesma forma, não deve existir nenhuma assistência para a pessoa que foi morta, sequestrada, roubada ou coisa que o valha. Mas também, o que esperar em um país que privilegia uma faxineira através de uma novela, quando escala uma atriz para viver seu papel, na expectativa de que a população lhe dê um pouco mais de valor. Não estou desmerecendo a faxineira, mas quando eu era menino, as pessoas se esforcavam para sair dessa, ou caso fosse difícil sair, lutar para que seus filhos nunca precisassem entrar. E isso, tirando megasena, tráfico de drogas ou outras atividades ilícitas, só estudando. E quem te proporciona isso? O PROFESSOR.

Claro que não acho que se deva passar por cima de um faxineiro ou lixeiro ou qualquer coisa que seja. Mas vemos todos os dias agressões a professores, pais que exigem melhores notas para seus filhos, que destratam, ameaçam, humilham professores como se eles nada fossem ou representassem. É sempre o dalit que fica rico, a faxineira que casa com o grandão, a prostituta que fica com o cara da cueca maneira, o motorista que casa com a patroa. Nunca temos exemplos reais, que tirem do povo essa esperança de se dar bem na vida sem fazer nenhum esforço.

Por sorte, aprendi rápido, que papai noel, coelhinho da páscoa, e outras coisas, só existem na fantasia.

E depois eu que sou saraiva.

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