domingo, 24 de janeiro de 2010

Edital

Edital. "Tudo esta escrito no edital senhor, e se esta no edital é lei." Por que será que o nome não é idiotal, pois quem o escreve deve ser um idiota.

Fiz contra minha vontade um concurso publico. Me senti um bandido de renome internacional. Me fizeram tirar o relógio, escrever apenas com a carga da minha caneta, pois não tinha corpo transparente. Tive de tirar os óculos, tirar a bateria do celular. Sequer a chave do carro
pude deixar no bolso, pois caso eu fosse ao banheiro, seria submetido ao detector de metais. E mais, caso meu celular tocasse ou eu fosse surpreendido portando um lápis que fosse, seria automaticamente eliminado do concurso.

Uma pena que o idiota que escreve esse idiotal não trabalha no ministério da justica ou coisa que o valha, pois no presídio se pode usar celular, até fazer extorções. Claro, não se fez um edital para
admitir presos, logo, não é lei como me disse a imbecil que me recepcionou.

Ao sair tive acesso ao saco lacrado onde tive de depositar meus pertences, saco plástico, daqueles que entopem bueiros e aumentam o efeito estufa. Claro, o presidente disse que ia colaborar para
reduzir! Imaginem e pasmem, nos orelhões tinha um cartaz escrito "interditado", com os fones pendurados, como se alguém muito ninja fosse sair da sala, passar pelos muitos fiscais no corredor, pegar o telefone público ligar para alguem e pedir ajuda numa resposta, num concurso onde praticamente quem erra uma questão, está automaticamente fora.

Agora entendo o sentido da frase não roube, o governo detesta concorrência, afinal, o concurso era federal. Imagine que eu ia gastar um milhão fazendo um sistema de cola eletronica com óculos escuros de cristal liquido, com celulares 3G ou televisao digital, para ganhar pouco mais de 10 mil por mês? Tem deputado que faz isso... E nem precisa fazer concurso!

Lembrei também de outra frase famosa, que diz: "cada um julga os outros por si". Se roubam e sacaneiam, claro que imaginam que eu farei igual.

E depois eu que sou saraiva.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Guerra de torcidas

Cheguei a ficar constrangido, pensando que iria escrever um post chamado " Isso tem que ter fim 4". Como eu disse desde o começo, existem tantas coisas que precisariam ter fim, quem sabe até para abrir espaço para que o trânsito pudesse ser mais respeitado e seguro. De qualquer maneira hoje não tenho intenção de falar sobre trânsito. Além de ter acompanhado na mídia as guerras de gangues (não sei se dá pra chamar de torcida) na cidade de Bento Gonçalves, onde os clubes de Porto Alegre estão fazendo pré-temporada, escutei as declarações dos presidentes dos clubes com relação a atitude que tomarão daqui pra frente para com esses torcedores.

Eu defendo e faz tempo que o acesso tem que ser mais caro, mas o presidente e todo mundo que tem função pública, seja ela governista ou jornalista, sempre defendem que futebol é o pão do povo, que tem que ser barato, mas cada vez mais acontecem esses episódios. Como eu digo, no mundial interclubes e na copa do mundo, se pode beber (aqui não pode), as torcidas não são separadas (ficam mesmo as rivais lado a lado), e a flauta é saudável, sem brigas, sem ofensas, como é nos nossos jogos de final de semana, um dia vc está no time de um, outro no de outro, então a flauta ou corneta é sempre bacana. Quem nunca mandou um mail ou um SMS na segunda feira, quando o adversário perdeu um jogo, um título importante? Essa é a parte bacana.

Mas existem sempre aqueles que colocam o seu time na ponta de tudo. É mais importante que seu emprego, que sua família, que suas necessidades, e acaba agindo de maneira lamentável, destruindo patrimônio, homenagens, machucando pessoas (as vezes do mesmo time), e o pior, SEM PUNIÇÃO.

Claro que tenho certeza que nada vai acontecer, pois para coisas piores como ser preso com drogas, invasão de campo, agressão a jogadores dentre outras coisas, as penas são doar uma cesta básica, comparecer na delegacia na hora do jogo durante duas ou três partidas. E vc que tomou um cálice de vinho vai pra cadeia se te pararem no bafômetro....

De qualquer maneira parabenizo os dirigentes, que disseram que irão banir os responsáveis de seus quadros sociais, e nunca mais vender sequer ingressos para eles. Continuo pensando que isso não irá cessar a violência, tampouco essas barbaridades, mas sempre é um começo. Pensar que vi no domingo o repórter Regis Rosing falando sobre um país da África que agora volta ao futebol, pois no passado suas torcidas se mataram, se encurralaram, claro, por política, mas para nós, futebol é religião, logo, lembrem da Al Qaeda, muçulmanos, guerra santa.

Imaginem onde vamos parar.

E depois eu que sou saraiva.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Isso tem que ter fim 3

Das tantas coisas que imagino, merecessem ter fim, e que sequer são lembradas em campanhas de televisão, queria lembrar das cheias em São Paulo. O que parece aqueles túneis alagados, as ruas cobertas de água. Pensar que dias atrás estavamos vendo candidatos prometendo resolver esses problemas, e que nessa hora, além de não aparecerem na televisão ou no próprio local onde os problemas acontecem, ainda tem a cara de pau de pedir doações de roupas, comida, colchões e etc... como se o dinheiro pago nos impostos, sejam eles quais forem, não fossem suficientes para cobrir estes reparos ou prevenir novos acontecimentos...

Acho que já escrevi outra vez sobre isso, mas como seria interessante se existisse uma fiscalização e multas para organismos públicos, assim como tem para verificar nossas infrações no trânsito. Imagina, deu um problema de alagamento, a prefeitura teria que pagar uma multa de x mil reais. Tem uma rua sem sinalização, ou com sinaleiras sem funcionamento? Multa. Mas claro que não né... São eles que fazem as leis e os tontos que colocam eles lá? NÓS!!!!!

Outro episódio que não consigo deixar passar batido é sobre o ônibus que se acidentou em Porto Alegre. Estão tentando fazer uma conexão entre um motorista que teria cortado a frente do ônibus, fazendo com que ele tenha perdido o controle e batido o veículo. Quero deixar registrado apenas, que tais ônibus que fazem essas linhas chamadas "rápidas", são corredores natos, estão sempre trafegando pela pista da esquerda (pois eles tem pressa), cortam a frente de todos para conseguirem parar nos pontos de parada, ficam pressionando a passagem dando lampejos e buzinadas como se estivessem ameaçando passar por cima. Fácil agora colocar a culpa em um motorista que sabe-se lá não tenha sido pressionado por este ônibus e num ato de despreparo tenha tido uma conduta sem noção, freado, ou jogado o carro para o lado?

E depois eu que sou saraiva.