sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Guerra de torcidas

Cheguei a ficar constrangido, pensando que iria escrever um post chamado " Isso tem que ter fim 4". Como eu disse desde o começo, existem tantas coisas que precisariam ter fim, quem sabe até para abrir espaço para que o trânsito pudesse ser mais respeitado e seguro. De qualquer maneira hoje não tenho intenção de falar sobre trânsito. Além de ter acompanhado na mídia as guerras de gangues (não sei se dá pra chamar de torcida) na cidade de Bento Gonçalves, onde os clubes de Porto Alegre estão fazendo pré-temporada, escutei as declarações dos presidentes dos clubes com relação a atitude que tomarão daqui pra frente para com esses torcedores.

Eu defendo e faz tempo que o acesso tem que ser mais caro, mas o presidente e todo mundo que tem função pública, seja ela governista ou jornalista, sempre defendem que futebol é o pão do povo, que tem que ser barato, mas cada vez mais acontecem esses episódios. Como eu digo, no mundial interclubes e na copa do mundo, se pode beber (aqui não pode), as torcidas não são separadas (ficam mesmo as rivais lado a lado), e a flauta é saudável, sem brigas, sem ofensas, como é nos nossos jogos de final de semana, um dia vc está no time de um, outro no de outro, então a flauta ou corneta é sempre bacana. Quem nunca mandou um mail ou um SMS na segunda feira, quando o adversário perdeu um jogo, um título importante? Essa é a parte bacana.

Mas existem sempre aqueles que colocam o seu time na ponta de tudo. É mais importante que seu emprego, que sua família, que suas necessidades, e acaba agindo de maneira lamentável, destruindo patrimônio, homenagens, machucando pessoas (as vezes do mesmo time), e o pior, SEM PUNIÇÃO.

Claro que tenho certeza que nada vai acontecer, pois para coisas piores como ser preso com drogas, invasão de campo, agressão a jogadores dentre outras coisas, as penas são doar uma cesta básica, comparecer na delegacia na hora do jogo durante duas ou três partidas. E vc que tomou um cálice de vinho vai pra cadeia se te pararem no bafômetro....

De qualquer maneira parabenizo os dirigentes, que disseram que irão banir os responsáveis de seus quadros sociais, e nunca mais vender sequer ingressos para eles. Continuo pensando que isso não irá cessar a violência, tampouco essas barbaridades, mas sempre é um começo. Pensar que vi no domingo o repórter Regis Rosing falando sobre um país da África que agora volta ao futebol, pois no passado suas torcidas se mataram, se encurralaram, claro, por política, mas para nós, futebol é religião, logo, lembrem da Al Qaeda, muçulmanos, guerra santa.

Imaginem onde vamos parar.

E depois eu que sou saraiva.


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