quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sustentabilidade




Bom, mais uma vez, recebo alguns comentários de que meus posts não são sustentáveis, ou seja, na visão de algumas pessoas o termo sustentabilidade apenas pode ser usado para coisas que se reciclam, como plástico, combustível, natureza, etc...

Pensando assim, vou sugerir um exercício mental, que nem vai demorar tanto tempo assim.

Há alguns meses, estavamos todos preocupados com a crise. Empresas globais quebraram, governos dando ajuda para empresários, tentando salvar mercados, bolsas de valores. Talvez alguns lembrem da frase, "aqui vai chegar só uma marolinha". Foi dito que era importante não deixar de consumir, pois parar de comprar faria com que o fabricante parasse de vender, e por consequência tivesse que demitir, e assim sucessivamente.

Bom, mas onde eu quero chegar? Queria lembrar, que enquanto os impostos sobem, o telefone, a passagem de ônibus, pessoas perdem o emprego, falcatruas são descobertas, e, nosso governo decide por aceitar aumentar o valor do contrato da Itaipu por um valor 3 VEZES MAIOR. Decide aumentar o valor do benefício do Bolsa Quadrilha, ops, família. 1 Bilhão de reais!!! Imagine se esse dinheiro fosse investido em quem ou pra quem paga imposto, em quem dá duro para melhorar sua cidade, sua vida, isso sim seria sustentável, ou seria sustentabilidade.

Mas, enquanto parece ser só eu que penso assim, deixo uma pergunta: - Sua faxineira, empregada doméstica, secretária do lar, ou o nome que ficar melhor, tem carteira assinada? Se vc oferecer, a pessoa aceita? Aqui em casa nunca conseguimos assinar, pois caso eu assine, a pessoa perde o direito a bolsa, bem como quem é camelô, cachorro quente, e outros profissionais informais, que não pagam impostos e ainda ganham os benefícios.

Falando em benefícios, enquanto eu me indigno, tem gente se preocupando com os pobrezinhos dos presidiários. Ontem teve um programa na tv falando dos presídios, e tinha gente revoltada dizendo que ali era ruim, que era apertado, que a comida era ruim ou que tinham apenas duas horas de sol por dia. Talvez a pessoa que ele matou nunca mais tenha direito a sol, pois embaixo da terra não tem sol... E a tal da pastoral carcerária levando cesta básica para a mulher do presidiário, com seu filho de 3 dias, que lindo. A mulher deitada na cama, dizendo que estava esperando o auxílio chegar, e tudo isso com o dinheiro do nosso imposto, ou seja, sustentabilidade. Pagamos para ajudar o cara que pode ser o seu assaltante, pra não dizer assassino amanhã. O mais incrível foi ver os repórteres pedindo autorização pro chefão da ala, ou do pavilhão, e isso sendo divulgado em rede nacional. Os postes já estão mijando nos cachorros.

E depois eu que sou saraiva.

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