quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Campanhas na tv/rádio

As redes de televisão sempre tem mania de lançarem campanhas. Muitas delas até tem um bom propósito mas na grande maioria das vezes não as consigo entender. É casa pro Zina, é exame de dna para o fulano, é ajuda pra encontrar o filho do beltrano. Tudo bem, cada um com os seus problemas.

Mas hoje, tomando café da manhã e assistindo ao programa da Ana M. Braga, ela fez um apelo para os ex-presidiários (por coincidência minutos depois de mostrar imagens da torcida do flamengo e do coritiba) que não conseguem emprego e voltam para o crime. Sei que muitos fizeram por fazer, que se arrependeram, mas não posso me ou te comparar com uma pessoa dessas.

Queria ver o dia que vão lançar uma campanha para beneficiar quem não fez nada errado. Quem sempre pagou impostos, quem sempre votou na eleição (porque é obrigado), quem não levou multa nos últimos dez anos, quem estudou, quem se formou, quem paga a escola do seu filho, quem paga seu plano de saúde. Não entendo porque sempre estão querendo ajudar quem não se ajudou. Existe aquela famosa frase, "eu podia estar roubando, mas estou aqui pedindo", mas eu sempre penso, poxa, eu também podia ter matado, assaltado, roubado, mas não fiz.

Dizer que presidiário hoje tem até bolsa, bolsa apenado (olhe no site do ministério da justiça), cada família de apenado ganha R$ 750,00 para garantir que não passe necessidade, mas a família do que foi assaltado, do que foi morto, não ganha nada.

Sinceramente, não tenho nada contra (nem a favor) essas campanhas. Mas queria entender o que as emissoras ganham com isso. Mesmo sabendo que essas pessoas pagaram suas penas, não acho que elas devam ficar transparentes. Se existissem marcas para identificar quem rouba, quem mata, talvez novos criminosos desistissem de aparecer, mas ao contrário, como que numa inversão de valores, parece que temos que apagar tudo, esquecer tudo, e aceitar tudo, pois se não aceita, é discriminação, e isso é crime.

Não vejo a hora, que chegue a copa do mundo, e as olimpíadas, para ver as máscaras caindo. Turista sendo assaltado, hotel sendo invadido. Daí vão dizer que o Robin Williams tinha razão.

E depois eu que sou saraiva.

Providência, alguém tem que tomar


Tomei ciência de um projeto, que tramita na Câmara de vereadores de Porto Alegre - VEJA LINK ABAIXO
(http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2691643.xml&template=3898.dwt&edition=13358&section=1171), onde se discute o tempo máximo permitido ao cidadão de permanecer dentro de um shopping center sem fazer o pagamento do estacionamento. No artigo, o autor do projeto acredita que o tempo de 20 minutos de isenção, é pequeno para que o consumidor possa realizar alguns serviços, do tipo ir ao banco, cortar o cabelo, tomar um cafezinho, etc...

Não acho que ele esteja errado. Também acredito que nos devesse ser ofertado uma série de coisas de maneira gratuita, afinal pagamos impostos. Pagamos impostos com destino líquido e certo, seja para a saúde, seja para a segurança. Mas analisando por outra ótica, entendo que como vereador, eles deveriam legislar sobre problemas da cidade, e não sobre tempo de estacionamento em shoppings. As pessoas vão aos shoppings porque querem, não porque precisam. Ou porque não tem segurança para estacionar na rua, afinal até flanelinha regularizado existe, vc paga para a prefeitura e para o flanelinha.

Afinal de contas, vc também pode pagar contas no centro, fazer lanches, cortar cabelo, ir a lotérica, lojas de roupas, tudo no centro, mas quanto tempo de limite a prefeitura te dá para estacionar na área AZUL? NENHUM MINUTO. Ou vc paga, ou vc paga. Claro, entendo também que é mais fácil mexer no bolso dos outros, sob forma de lei. Você obriga, os outros cumprem.

Da mesma forma, imagino que se algum vereador trabalhasse para o eleitor, fazendo com que serviços como o da EPTC fossem menos burocráticos e mais funcionais, seria bem melhor. Ou então, que se criassem impostos maiores para carros antigos, com mais de 20 anos que hoje são isentos, obrigar veículos que prestam serviços para a prefeitura a terem seus carros emplacados em Porto Alegre, ou serem movidos a GNV ou outro combustível menos poluente...

Talvez empregar dinheiro público em ações mais efetivas do que construir um centro de compras para camelôs que não pagam impostos e vendem produtos piratas ou irregulares. Construir um viaduto, um túnel, um conduto para não alagar as ruas em dias de chuva, coisas que beneficiassem mais do que apenas uma ou duas centenas de pessoas (os donos das bancas no exemplo). Idéias todos tem muitas. Boa vontade e um pouco menos de marketing é que falta bastante.

Alguém tem que tomar uma providência!

E depois eu que sou saraiva.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pacto

Queria propor um pacto. Tenho visto nos jornais e na televisão, decisões vistas por alguns como polêmicas, por outros como exemplar, talvez uma coisa óbvia em uma sociedade democrática. Eu mesmo já escrevi outras vezes sobre algumas dessas decisões, como no exemplo do juiz que disse que os ladrões de caminhões presos em Canoas (RS), não podiam irem pra cadeia, por não terem condições de lá abrigá-los, e também porque não ofereciam perigo para a sociedade.

Da mesma forma, se te pegam dirigindo embriagado, nunca pensam dessa forma. A primeira coisa que fazem é tomar a multa, depois encaminhar para o presídio, não se importando se lá é um ambiente propício para receber uma pessoa como você ou se você oferece perigo para a sociedade, uma vez que se a polícia te pegou em uma blitz com bafômetro, teoricamente ainda nenhum acidente foi cometido, ao contrário dos ladrões, que foram pegos roubando, com o produto do crime.

Agora, eis que mais um candidato a notoriedade, decide que o pavilhão (não recordo o número ou letra) tal, não pode mais receber nenhum preso, até que sejam reformados os prédios e ofereçam qualidade suficiente para abrigar no máximo 240 presos, daí que faço a proposta do pacto.

Ninguém mais comete nenhum crime, até que o pavilhão fique pronto, ok?

Mas ao mesmo tempo me respondam. Tais pavilhões não estão destruídos por rebeliões feitas pelos próprios presos? Que agora até direito a bolsa do tipo família, com valor de mais ou menos R$ 750,00 por mês? Para que dar qualidade ou conforto para alguém que agiu de maneira contrária às regras e que amanhã destruirá tudo novamente em uma nova rebelião?

Quando vão criar a bolsa assassinado, bolsa assaltado ou bolsa lesado por quem está no ócio, dormindo, traficando, controlando negócios de dentro do presídio ou tendo suas visitas íntimas? Será que o local onde foi enterrada sua vítima tem "condições"?

Estamos vivendo em uma época em que não ficarei surpreso, quando enxergar os postes, mijando nos cachorros.

E depois eu que sou saraiva.