terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Isso tem que ter fim


Que me perdoem o Lasier Martins e a Rosane de Oliveira. Mas não aguento mais ouvir falar em acidentes, em feriado prolongado, em violência no trânsito. Sinceramente não concordo com isso, e principalmente com o que disseram os dois anteriormente citados. O primeiro disse que se não existisse a campanha, os números seriam maiores, e a segunda disse que os pardais e lombadas fora de circulação seriam um presente de natal para os infratores.

Eu não gosto de confundir as coisas. Uma coisa é existirem leis, outra coisa é existir respeito. O que falta para nosso povo não é lei, é respeito. Pardal e lombada, todo mundo sabe onde fica, portanto não concordo que o pessoal espere esse dia para acelerar seus carros e querer se matar no feriado de natal.

O que precisa ter fim, é carro velho, carro sem manutenção, carro todo quebrado. Isso sim provoca acidente, e nem precisa ser em alta velocidade. Quantas vezes vemos na freeway carros sem a menor condição de trafegar, andando a 80 ou 90 km/h, chacoalhando tudo, sem freio (sempre vemos um que invadiu uma casa, matou não sei quantos), com a porta amarrada, sem farol ou sinaleiras, sem luz de freio. Reparem nos jornais, sempre que temos uma tragédia, tem um fusca, uma brasília, um corcel, um chevette. Mas estamos sempre lendo que o vilão foi um audi, que passou a 15o, um bmw que foi multado a 160 km/h. Mas sempre somente foram multados, não mataram ninguém, não invadiram nenhuma casa, porque são novos, são modernos.

O que precisa ter fim é a falta de respeito dos organismos públicos, que não dão manutenção nas estradas, nas vias de acesso. Essa semana viajei pela BR 386, e não tem uma linha pintada no chão. Fica tudo preto, com farol desregulado no rosto, não se sabe se está na pista da direita ou esquerda, mas daí se acontece um acidente, ninguém vai dizer que o governo não pintou as linhas da estrada, ou não colocou os retrorrefletores (olho de gato). Isso sim tem que ter fim.

Veja como as coisas tem ângulos diferentes, e como é fácil apenas dizer que as pessoas correm. Lembro que em 1976, na freeway se podia guiar a 120 km/h, de fusca, de brasília e de corcel, sem cinto, sem abs, sem pneu tubeless, ou seja, sem segurança nenhuma, e hoje, que temos tudo... temos que andar a 80.

Se as pessoas tivessem educação, nem precisava pardal.

E depois eu que sou saraiva.

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