sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Liberação da bebida

Eis que um juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública de Goiás, Ari Ferreira de Queiroz, concedeu ontem liminar que libera a venda e o consumo de bebidas alcoólicas no estádio Serra Dourada. Já não era sem tempo, não que eu esteja incentivando o consumo ou fazendo apologia ao uso do álcool, mas era uma lei ridícula. Ridícula porque nunca foi a bebida o motivo ou culpa de alguma coisa, principalmente porque os eventos atribuídos ou ocasionados supostamente pelo uso da bebida continuaram acontecendo.

Eu mesmo, já havia entrado em polêmicas tanto em jornais quanto programas esportivos de rádio, manifestando minha opinião de que a bebida não era a culpada. Sempre fui criticado, mas entendo que opinião é livre, e ao menos deve ser respeitada, e claro, o fato de eu pensar assim, não significa que eu esteja correto. Da mesma forma que sempre fui contra a lei seca, que proibe as pessoas de bem ou de boa índole como sempre digo, de tomarem seu cálice de vinho ou sua lata de cerveja no almoço, ao sair da academia, do futebolzinho com os amigos.

Eu entendo que as pessoas que geralmente se metem em confusão independem da bebida ou da droga. Defendo que tais pessoas tenham má indole, e que saem de casa com intenção de se meter em confusões, seja no estádio, no trânsito, ou em qualquer lugar. Sem falar que a bebida era disponível nos arredores dos estádios e ninguém era impedido de entrar no estádio, mesmo aparentando embriaguez. Eu já consumi bebidas em jantares, churrascos, atividades esportivas, etc... e sempre que volto pra casa, nunca esqueci que o sinal vermelho era para parar, e tampouco a bebida me fez esquecer. Continuo lembrando as palavras que agridem ou que ofendem, sei onde moro, e principalmente, continuo sempre lembrando e sabendo, o que é certo e o que é errado, ou o que é permitido e o que é proibido. No entanto entrar no estádio com maconha talvez fosse proibido, mas não era fiscalizado. Da mesma forma no trânsito, vc não pode beber e dirigir, mas pode fumar, cheirar, injetar ou consumir por alguma outra via diferente das citadas, pois não existe a fiscalização ou a comprovação do uso.

Estou fazendo essas comparações apenas porque muitas das vezes, essas proibições se dão por suporte de psicólogos, policiais ou jornalistas que defendem a inocência dos vândalos ou transgressores sob a alegação de que a pessoa estava aparentemente sob o efeito de álcool ou drogas. Aproveitando, faria também um comparativo. Se te pegam dirigindo após consumir álcool, se paga multa de mil reais, vai para a delegacia. Se te pegam com drogas no estádio, vc é levado ao juizado especial do estádio e é condenado a pagar uma cesta básica ou prestar algum serviço, mas a pena mais comum que eu tenho notícia é ser impedido de ir ao estádio por um número determinado de jogos, tendo que ir a uma delegacia no horário do jogo assinar um termo. E álcool se compra no super, e droga? Álcool é lícito, e droga?

Eu defendo o aumento do valor dos ingressos nos estádios. E defendo minha teoria de que a bebida não é a culpada pelo simples fato de que em copa do mundo, tem bebida, em mundial interclubes, tem bebida, em fórmula 1, tem bebida. Casualmente, o valor dos ingressos é bem mais elevado... Inclusive em copa do mundo ou mundial interclubes, se pode ver torcedores rivais, sentados um ao lado do outro, sem grades, sem agressões.

A decisão de suspender a venda de bebidas integra um protocolo de intenções assinado com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União. Mesmo com a proibição nos jogos promovidos pela CBF, o COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014, já avisou às cidades-sedes que terão de fazer leis para liberar a venda de álcool nos estádios do Mundial. A mudança de atitude é explicada por um contrato da cervejaria Budweiser com a Fifa que se estende até 2014 (Folha de São Paulo).

E depois eu que sou saraiva.

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