sexta-feira, 27 de março de 2009

Dois pesos, uma medida

Sempre escutei falar um ditado que diz, dois pesos, duas medidas. Mas pensando bem, sempre que escuto isso, chego a conclusão que o correto é dois pesos, uma medida.

Vejam o episódio do Sr. Fritz, o austríaco que estuprou a filha por 24 anos, e a manteve em cárcere privado.

Esse cidadão manteve a filha presa, obrigada a manter relações sexuais, teve vários filhos com o seu pai, um deles morreu por falta de atendimento médico, e teve seu corpo ocultado pelo pai, que não podia revelar a origem desses filhos.

Agora, comparando com o caso da menina que foi excomungada por ter abortado um filho de seu padrasto, que mantinha relações com ela desde os seis anos de idade.

O curioso é que a menina foi vítima de seu padrasto doente ou louco não sei classificar, e mesmo assim ela junto com seu médico foram excomungados pela igreja católica. Porque abortaram, mataram uma vida que se iniciava, etc... Que somente poderiam voltar atrás caso o papa desse autorização.

Daí penso que, será que a lei da igreja brasileira não obedece ao vaticano? Ou será que na Austria não existe igreja católica? Quem na sua opinião fez um crime (pela lei de Deus) mais hediondo ou mais grave?

Quem teve a maior pena? Por isso digo, são dois pesos - um brasileiro, um austríaco.
Uma medida. No brasil penalizaram a vítima, na austria, ninguém. (pela lei de Deus)O padrasto brasileiro pela lei de Deus não fez nada errado (mesmo que a igreja pregue que o sexo apenas deva se dar para a procriação), e o pai austríaco que indiretamente matou seu próprio filho, escondeu seu corpo, forjou o sumiço da filha, etc... pela lei de Deus nada fez de errado.

E depois eu que sou saraiva.

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