domingo, 8 de março de 2009

Triste ou feliz?



É tão estranho a maneira como as coisas ecoam em meus ouvidos quando escuto outras pessoas fazendo comentários referentes a assuntos que diariamente me chateiam profundamente. As vezes por ser saraiva parece que só eu tenho tolerância zero, que só eu acho que as coisas caminham po um lado errado, então acabo ficando triste por me sentir feliz... que contradição...

Hoje escutei um radialista do fm dizendo que esteve no seu jogo rotineiro de futebol quando foram aboradados em carros diferentes ele e seu amigo, por um lavador de vidros em uma sinalieira da cidade. Contou que ele agradeceu pela limpeza e o tal lavador fora direto ao seu amigo, que inicialmente recusou e agradeceu pela prestação de serviço, mas que fora obrigado a sair de seu carro para fazer tal lavador parar de fazer o serviço, visto que após tal prestação iria querer seu pagamento.

Onde será que fica o valor que pagamos para ter segurança? Ou talvez, o que ou quem manda na segurança? Parece que quanto pior as coisas ficam, pior ficam os serviços pelos quais somos obrigados a pagar, e coincidentemente somos obrigados a reconhecer que poderiam ser piores, visto que nunca estão ao nosso agrado.

Nâo seria mais prudente ou não seria mais plausível que nosso governo fosse reconhecido por ter acabado com assaltos em sinaleiras ou sequestros em carros, ou roubos de carros, do que um déficit zero para queimar o dinheiro comprando um avião novo? Se todos sabem que na esquina da ipiranga com a perimetral existem achacadores todos os dias, da meia noite as onze da noite, porque nunca temos um policial uma viatura presente naquele local? É como eu sempre digo, dois pesos UMA medida. Em locais onde teoricamente ladrões ou vândalos ou bandidos não teriam coragem de fazer alguma coisa, temos vários policiais, e onde as coisas acontecem e são mapeadas ou divulgadas todos os dias, nunca vemos ninguém.

Quando digo que fico feliz e triste ao mesmo tempo, vou ilustrar melhor. Recentemente soube de um pedido de porte de arma na polícia federal, organismo único para tratar de assuntos deste tipo atualmente depois do estatuto do desarmamento. Tal documento foi pedido em virtude de conhecer algumas pessoas comuns como nós, que possuem o documento que em tese deveria ser proibido para qualquer cidadão, claro, assim como é proibido traficar drogas, assim como é proibido roubar carros, etc... e por me sentir inseguro nas ruas, ou em minha própria casa.


Tal documento foi negado duas vezes, uma em pedido normal, outra em recurso administrativo, sob a alegação de que não corremos riscos adicionais na rua, do que qualquer cidadão comum e que devemos ser protegido pela polícia. Me foi dito que pelo estatuto, nossas profissões não podem ser consideradas de risco (embora essas pessoas que conheço sejam de mesma ou parecida profissão, e possuem tal documento), mas que principalmente, o estatuto do desarmamento veio a existir para diminuir o acesso do bandido as armas, visto que nós cidadãos comuns em situação de assalto, temos nossas armas retiradas pelos bandidos e que estas são usadas para novos crimes.

Me surpreende que semana passada tenha sido assaltado um centro de treinamento da polícia, onde os ladrões sem qualquer respeito ou medo, tenham roubado fuzis e pistolas .40, armas que eu ou vc como cidadão comum não temos acesso (não podemos comprar, nem usar). Me surpreende que um médico, seja ele boa ou má pessoa (não estou julgando seus atos) tenha sido morto por uma pistola de calibre que somente a polícia deveria ter acesso.

Mas claro, somos nós os comuns que abastecemos o crime de armas.

E depois eu que sou saraiva...

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