segunda-feira, 30 de março de 2009

Earth Day

Incrível a mobilização das pessoas durante o Earth Day. Para quem não sabe ou não participou, era uma hora do dia onde deveríamos apagar todas as luzes de nossas casas para protestar contra o aquecimento global.

Eu particularmente não concordo, embora ache que devemos fazer alguma coisa. Digo isso porque os próprios membros do WWF (entidade que organiza o Earth Day) sabiam e falaram que os resultados seriam muito pequenos... uma pena.

Uma pena que tal sensibilização não tenha atingido governantes e empresários, que sim realmente poderiam contribuir significativamente com o aquecimento global. Como disse em outra oportunidade, de que adianta eu ser ecológico, "comprar"uma sacola retornável de pano, se os mercados continuam distribuindo "gratuitamente"sacolas de plástico? Quem deveria criar uma lei "proibindo"o uso de sacolas plásticas? A quem interessa fazer isso?

E não são somente as sacolas. Quando eu era mais moço, existiam garrafas de vidro, sacolas de papel, latas de lixo. Depois que inventaram o plástico... Hoje temos refrigerantes PET, de tudo quanto é tamanho, não retornáveis (o que deveriam ser), e que ainda vem embaladas em filmes plásticos para incentivar o consumo de 24 latas, ou 6 pets. E quando vc sai do mercado ainda leva em um saco plástico. Vc compra presunto e queijo, a moça pesa, coloca num filme plástico, depois num saco plástico, e quando vc paga, se embala em outro saco plástico. Papel reciclado custa mais caro que o branco novo. Agora me diz, adianta eu apagar a luz durante uma hora? Somos nós que contribuimos para o aquecimento?

Nosso país é produtor mundial de álcool anidro combustível, a maioria dos veículos aqui fabricados é FLEX. Porque nao obrigamos o consumo do álcool, fugindo de guerra de preços do petróleo, diminuindo a poluição das cidades e incentivando o consumo de um combustível renovável? A quem isso interessa?

Nossos legisladores adoram inserir em nossas culturas projetos de lei copiados/criados em suas viagens ao exterior, quando aqui chegam resolvem que devemos nos adaptar para sermos parecidos com países desenvolvidos, exemplo, airbag, freios abs. Estão discutindo a obrigatoriedade de produção de veículos com tais tecnologias, pensando que estaremos mais seguros, mas pergunto. Porque nao incentivamos as ferrovias? Temos a Itaipú (maior hidrelétrica do mundo) poderíamos transportar pessoas, produtos, matéria prima, etc... mais rápido, poluindo menos e talvez gastando menos (basta ver o quanto se investe para construir uma estrada, veja a rodovia do parque 800 milhões de reais), retirando uma série de caminhões e ônibus das estradas, diminuindo os acidentes (lembrem quantos acidentes tivemos com ônibus e caminhões somente este ano). Sem falar que o asfalto duraria mais, os pedágios seriam menores. Mas a mesma pergunta, a quem interessa isto?

Por isso digo, enquanto não for obrigado, não serei ecológico.

Claro, não vou deixar todas as luzes acesas, pq sou eu quem paga a conta!!!

E depois eu que sou saraiva.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Dois pesos, uma medida

Sempre escutei falar um ditado que diz, dois pesos, duas medidas. Mas pensando bem, sempre que escuto isso, chego a conclusão que o correto é dois pesos, uma medida.

Vejam o episódio do Sr. Fritz, o austríaco que estuprou a filha por 24 anos, e a manteve em cárcere privado.

Esse cidadão manteve a filha presa, obrigada a manter relações sexuais, teve vários filhos com o seu pai, um deles morreu por falta de atendimento médico, e teve seu corpo ocultado pelo pai, que não podia revelar a origem desses filhos.

Agora, comparando com o caso da menina que foi excomungada por ter abortado um filho de seu padrasto, que mantinha relações com ela desde os seis anos de idade.

O curioso é que a menina foi vítima de seu padrasto doente ou louco não sei classificar, e mesmo assim ela junto com seu médico foram excomungados pela igreja católica. Porque abortaram, mataram uma vida que se iniciava, etc... Que somente poderiam voltar atrás caso o papa desse autorização.

Daí penso que, será que a lei da igreja brasileira não obedece ao vaticano? Ou será que na Austria não existe igreja católica? Quem na sua opinião fez um crime (pela lei de Deus) mais hediondo ou mais grave?

Quem teve a maior pena? Por isso digo, são dois pesos - um brasileiro, um austríaco.
Uma medida. No brasil penalizaram a vítima, na austria, ninguém. (pela lei de Deus)O padrasto brasileiro pela lei de Deus não fez nada errado (mesmo que a igreja pregue que o sexo apenas deva se dar para a procriação), e o pai austríaco que indiretamente matou seu próprio filho, escondeu seu corpo, forjou o sumiço da filha, etc... pela lei de Deus nada fez de errado.

E depois eu que sou saraiva.

terça-feira, 24 de março de 2009

Proposta


Outro dia fiquei pensando o que aconteceria caso alguém resolvesse revogar o artigo da constituição que diz, que todos somos iguais perante a lei, e que temos os mesmos direitos.
Mas pensei de uma maneira diferente. Somos obrigados a pagar impostos para gerar caixa em nossos governos (municipal, estadual e federal), e para tanto pagamos as vezes o mesmo imposto n vezes. Exemplo, o produtor paga o imposto para fabricar um determinado produto, o mercado paga quando vende, o cidadão paga quando compra, e assim sucessivamente.
Em tese, o dinheiro desses impostos paga ou custeia escolas, polícia, praças, parques, hospitais, estradas e todo o patrimônio público de uso comum. Em contrapartida quem tem auto-respeito sabe que é praticamente impossível usar os serviços públicos, fazer um exame, internar-se em um hospital, ou ficar dias na fila de madrugada para conseguir uma consulta, e acaba por pagar um plano de saúde. Mas não fica isento de contribuir com a saúde pública. Assim funciona com a segurança, tem-se que custear uma empresa de vigilância, pagar seguro. Se paga IPVA, mas tem-se que pagar pedágio para andar em estradas sem a menor condição. Então novamente pagamos tudo em dobro.
Digo tudo isso pois falou-se em uma possibilidade defendida por muitos de cercarmos todos os parques da cidade, redenção, parcão, marinha do Brasil. Só vai ganhar com o cercamento a empresa que vender o ferro para fabricar as grades.
Eu sempre disse que era contra, pois um bem público tem que estar a disposição de todos, mas principalmente de quem o sustenta, que é quem paga imposto. Imagine se uma estátua estiver cercada, como se poderá tirar uma foto? A própria fonte Talavera, um símbolo da nossa prefeitura, de valor incalculável, cada turista que visita nossa cidade e consegue tirar uma foto (se sua câmera não for roubada) vai aparecer junto as cercas/grades. E dizer que quem destruiu a fonte foram exatamente as pessoas que são beneficiadas com o dinheiro desses impostos e que geralmente são isentos do pagamento (nesse caso um protesto de carroceiros).
A minha proposta é que se nós contribuintes não podemos usufruir dos bens que sustentamos, que acabemos com eles. Se um cidadão tem uma casa muito grande, que consome muita luz, água, empregados ou um carro que consome muito combustível, a tendência é que se venda esse patrimônio e se use o dinheiro em outra coisa.
Não gostaria de no futuro dizer para um filho, que não podemos ir ao parque tal, porque é perigoso. Ela não vai entender.
E depois eu que sou saraiva.

Aparentemente alterado

Como diria o senador Zambiasi, “Olha gente, é imperessionante...”...

Já comentei outro dia a respeito das notícias que lemos no jornal diariamente. Sem querer ser redundante, pois parece que os outros posts que escrevi tem tudo a ver um com o outro.

Vejam a que ponto chegamos. O descaso total das autoridades civis e policiais. Chegamos ao ponto de um cidadão que pode andar de lancha no Guaíba atirar contra guardas civis e passageiros de um Barco de lazer restaurante/boate que navegava no Guaíba. Claro que ninguém foi preso. Suponho que pelo estatuto do desarmamento, este cidadão não tinha porte de arma, e pelo pressuposto da PF, estamos todos amparados pela polícia, e não precisamos fazer nossa própria segurança.

O que mais me indigna, é que os jornalistas que dão ênfase a este tipo de reportagem, que vem a ilustrar cada vez mais que as pessoas de bem não podem ter armas (apenas os bandidos, que não compram em lojas, não usam calibres permitidos e não tem porte de arma), pois sempre no meio de suas matérias colocam a seguinte frase:

- Aparentemente alterado pelo uso de drogas/bebida.

Claro que não me cabe julgar aqui o mérito da lei. Mas entendo que tanto a bebida como a droga, não me alteram a capacidade de discernimento. Quando eu bebo, uma cerveja ou um vinho no almoço, no jantar ou em qualquer eventualidade, e digo bebo porque não uso drogas (mas reconheço quem usa), sempre sei que é proibido cruzar o sinal vermelho, sempre sei que transar com crianças é crime, nunca esqueço que atirar contra guardas ou barcos é proibido e principalmente, que toda ação gera uma reação (Lei de Newton) e uma conseqüência.

Mas analisem a ótica dos legisladores. Se existe bafômetro que apenas consegue verificar resíduos de álcool, a lei pune quem usa o álcool e dirige, mas quem fuma maconha ou usa cocaína não é punido. Mesmo sendo a cocaína e maconha uma substância ilícita, e que o governo nada recebe cada vez que é vendida, em contrapartida, cada vez que compramos uma garrafa de vinho, pagamos uma série de impostos, geramos empregos, e ainda por cima uma multa de 900 reais com possibilidade de prisão.

Nos estádios não se pode beber, pois nessa ótica, só briga quem bebe, quem se droga. Mas se pode beber antes de entrar no estádio. Na minha opinião, quem briga já sai de casa com essa intenção, independente de beber ou usar droga. Tem gente que vai pra festa apenas para brigar, porque na sua turma, quem bate mais é o maioral. Mas em contrapartida, li no jornal outro dia uma nota que falava de um jovem que foi preso por briga no estádio e com porte de maconha, foi advertido, proibido de assistir os próximos dois jogos, e doar algumas cestas básicas para uma instituição. Enquanto o cara que toma uma taça de vinho para diminuir o colesterol, não bateu em ninguém e não consumiu um produto ilícito paga quase mil reais e pode ainda ser preso.

O difícil é entender que mesmo acontecendo problemas desse grau de importância, tem colunista que se preocupa em cercar parques, ou em defender que foi o pioneiro em apresentar um programa em pé (os outros apresentam sentados).

E depois eu que sou saraiva.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Cancelamento de assinatura


É tão difícil ler os jornais todos os dias sem se revoltar. Ao que tudo indica, em breve mudaremos o nome do nosso país para Colômbia. Políticos cada vez mais corruptos, as drogas tomando conta...

Pensar que li essa semana que o delegado que fez escutas e descobriu horrores de maracutaias, inclusive um desvio de 800 milhões de reais (veja desta semana) é que está sendo considerado o criminoso....

Pensar que quando os sem terra invadem uma propriedade e as vezes acaba por roubar ou matar, estão amparados pela lei, nenhuma viatura policial é deslocada, ninguém é preso...

Será que se eu ou nós, que podemos nos considerar SEM DINHEIRO, invadirmos um banco, o do brasil por exemplo, seremos bem tratados, não serão enviados policiais e nos darão posteriormente algum dinheiro, visto que somos os sem dinheiro? Ou seremos expulsos a porrada, trancafiados em celas cheias de bêbados e de pais desnaturados que não pagaram sua pensão alimentícia?

Será que seremos excomungados pela igreja católica? levando em consideração que ela é dona de uma das maiores fortunas do mundo, em ouro, e em espécie, pode se sentir ameaçada...

Será que se um dia roubarem a minha casa ou o meu carro, serão designados 600 militares com o apoio de dois helicópteros para procurar e prender os responsáveis, assim como estão fazendo com 7 (SETE) fuzis que foram roubados de um centro onde devia se ter segurança ou no mínimo respeito?

As vezes tenho vontade de cancelar a assinatura do meu jornal. Ou no mínimo parar de pagar imposto, pois indiretamente estou financiando tudo isso.

E depois eu que sou saraiva.

quinta-feira, 12 de março de 2009

No tempo da palmada


Hoje minha indignação tem uma tonalidade diferente. Me choca a informação de que um padre resolveu excomungar um médico e uma menina de 9 anos, que foi estuprada por seu padrasto e se encontrava grávida de gêmeos.

Digo me choca porque sinceramente não estou preocupado inicialmente com a lei de Deus. Tenho certeza que Deus saberia punir um padrasto que abusa sexualmente de suas duas enteadas, uma de 9 anos e outra com deficiências sejam físicas ou mentais.

Fico absurdamente chocado com uma atitude de punir uma pessoa que tentou salvar uma menina de sua morte, por talvez não ter condições de parir um filho aos nove anos, por ter sua estrutura de mãe ainda mal formada ou precoce, mas não punir um pai (pai é quem cria) que estupra sua filha independente da circunstância que seja usada em sua defesa.

Não acredito que Deus faria isso, mesmo que o aborto seja considerado uma morte pela lei celestial. Acredito que em um julgamento final, essa menina e seu médico seriam absolvidos, mas que tal pai e alguns padres, que praticaram pedofilia com meninos em diversos países do mundo seriam condenados, mas nunca vi um padre, bispo ou papa condenar com a excomunhão tal atitude.

Nessas horas lembro de quando era menino, quando tudo era proibido. Se tinha medo de fazer tudo. Se tinha respeito. Hoje em dia, quando somos livres para fazer o que queremos, rumamos para o caos total, pois sempre tem quem defende certos tipos de atitude. Sequer podemos dar uma palmada num filho, sob pena de sermos presos pelo estatuto da criança e do adolescente.

Mas quando a palmada era liberada... essas coisas não aconteciam.

E depois eu que sou saraiva.

domingo, 8 de março de 2009

Triste ou feliz?



É tão estranho a maneira como as coisas ecoam em meus ouvidos quando escuto outras pessoas fazendo comentários referentes a assuntos que diariamente me chateiam profundamente. As vezes por ser saraiva parece que só eu tenho tolerância zero, que só eu acho que as coisas caminham po um lado errado, então acabo ficando triste por me sentir feliz... que contradição...

Hoje escutei um radialista do fm dizendo que esteve no seu jogo rotineiro de futebol quando foram aboradados em carros diferentes ele e seu amigo, por um lavador de vidros em uma sinalieira da cidade. Contou que ele agradeceu pela limpeza e o tal lavador fora direto ao seu amigo, que inicialmente recusou e agradeceu pela prestação de serviço, mas que fora obrigado a sair de seu carro para fazer tal lavador parar de fazer o serviço, visto que após tal prestação iria querer seu pagamento.

Onde será que fica o valor que pagamos para ter segurança? Ou talvez, o que ou quem manda na segurança? Parece que quanto pior as coisas ficam, pior ficam os serviços pelos quais somos obrigados a pagar, e coincidentemente somos obrigados a reconhecer que poderiam ser piores, visto que nunca estão ao nosso agrado.

Nâo seria mais prudente ou não seria mais plausível que nosso governo fosse reconhecido por ter acabado com assaltos em sinaleiras ou sequestros em carros, ou roubos de carros, do que um déficit zero para queimar o dinheiro comprando um avião novo? Se todos sabem que na esquina da ipiranga com a perimetral existem achacadores todos os dias, da meia noite as onze da noite, porque nunca temos um policial uma viatura presente naquele local? É como eu sempre digo, dois pesos UMA medida. Em locais onde teoricamente ladrões ou vândalos ou bandidos não teriam coragem de fazer alguma coisa, temos vários policiais, e onde as coisas acontecem e são mapeadas ou divulgadas todos os dias, nunca vemos ninguém.

Quando digo que fico feliz e triste ao mesmo tempo, vou ilustrar melhor. Recentemente soube de um pedido de porte de arma na polícia federal, organismo único para tratar de assuntos deste tipo atualmente depois do estatuto do desarmamento. Tal documento foi pedido em virtude de conhecer algumas pessoas comuns como nós, que possuem o documento que em tese deveria ser proibido para qualquer cidadão, claro, assim como é proibido traficar drogas, assim como é proibido roubar carros, etc... e por me sentir inseguro nas ruas, ou em minha própria casa.


Tal documento foi negado duas vezes, uma em pedido normal, outra em recurso administrativo, sob a alegação de que não corremos riscos adicionais na rua, do que qualquer cidadão comum e que devemos ser protegido pela polícia. Me foi dito que pelo estatuto, nossas profissões não podem ser consideradas de risco (embora essas pessoas que conheço sejam de mesma ou parecida profissão, e possuem tal documento), mas que principalmente, o estatuto do desarmamento veio a existir para diminuir o acesso do bandido as armas, visto que nós cidadãos comuns em situação de assalto, temos nossas armas retiradas pelos bandidos e que estas são usadas para novos crimes.

Me surpreende que semana passada tenha sido assaltado um centro de treinamento da polícia, onde os ladrões sem qualquer respeito ou medo, tenham roubado fuzis e pistolas .40, armas que eu ou vc como cidadão comum não temos acesso (não podemos comprar, nem usar). Me surpreende que um médico, seja ele boa ou má pessoa (não estou julgando seus atos) tenha sido morto por uma pistola de calibre que somente a polícia deveria ter acesso.

Mas claro, somos nós os comuns que abastecemos o crime de armas.

E depois eu que sou saraiva...

sábado, 7 de março de 2009

O certo e o errado


Recentemente escrevi um texto sobre algumas coisas que andam na contramão, e pensando no assunto cheguei a conclusão que tem a ver com o que é certo ou errado, mas isso sempre depende do ponto de vista de quem analisa.

Veja bem (1 veja bem...)

Frequentemente vemos nas ruas pessoas passeando com seus cachorros, andando com saquinhos na mão para juntar os cocôs de seus cachorros, ou pq a lei da cidade obriga e multa, ou pq acha que isso é políticamente correto. Isso é certo? Mas quem junta e juntará os cocôs de cavalo pelos próximos 8 anos?

Falando em políticamente correto, existe uma onda que crucificou as sacolas plásticas, pelo tempo que demoram a se decompor, natureza, etc... daí chego no seguinte dilema:

Cocô é orgânico, sacola não. então é certo juntar o cocô em sacos ou é certo deixar o cocô na rua? Se os sacos plásticos são os criminosos da humanidade, porquê se vendem sacolas ecológicas e se distribui gratuitamente sacolas de plásticos nos supermercados e outros estabelecimentos comerciais? É certo ou é errado?

Plástico o grande vilão... Será que vão dar aos fabricantes de bebidas a mesma tarefa que foi dada aos fabricantes de pneus, de recolherem seus produtos após o descarte e dar outra utilidade ou fim a eles? Não seria mais fácil e menos poluente vc levar sua garrafa pet ao supermercado para comprar outra? Como era quando era de vidro? É certo ou errado?

E o papel? As árvores... Economize papel, pense antes de imprimir, com x folhas vc preserva x árvores... Experimente tentar ser ecológico e compre um pacote de folhas A4 para sua impressora, aqueles meio escuros reciclados. Vc irá se surpreender quando verificar que o preço é maior que o de uma folha branca, aquela que derrubou a árvore. É certo ou é errado?

O que falar das invasões de fazendas por exemplo. Um sem terra invade uma fazenda, o governo assenta a família, o sem terra vende o lote, fica com o dinheiro, invade outra fazenda. Claro que talvez não sejam todos que fazem isso. Não seria mais fácil cadastrar a família e não permitir que isso seja feito novamente? Aqui em nossa cidade soube que as famílias que saíram dos arredores do shopping novo, não aceitaram as casas de até 40 mil que a prefeitura ofereceu (alguns claro), e exigiram o dinheiro. Agora, se elas invadirem novamente outro terreno e num futuro próximo tiverem de ser removidas novamente, vão ganhar de novo? É certo ou é errado?

Podia ficar uma semana citando exemplos. Mas daí vou me estressar muito. Olha a safena Saraiva.

E depois eu que sou Saraiva.

A contramão das coisas


Parece que cada vez mais, quanto mais tentamos entender o porque das coisas, ou o funcionamento das coisas, elas sempre se apresentam de maneira contrária, ou na contramão.
Pare um pouco para pensar....

O mundo clama por uma diminuição dos níveis de CO (gas carbônico) na atmosfera, mas parece que aqui no país, estamos contribuindo para o aumento. Pois o governo cobra mais IPVA de quem tem adquire um carro zero km ou seminovo (já adequado ao sistema catalisador/injeção eletrônica) do que quem utiliza um carro com mais de 20 anos, que polui no mínimo 20 vezes mais...

Os pedágios existem para dar manutenção nas estradas, ou seja, ampliar, melhorar, adequar as rodovias à situação atual do nosso trânsito. Mas em contrapartida um caminhão de 10 toneladas ou mais (com dois eixos) paga 2 ou 3 reais a mais que um carro com apenas UMA tonelada!!! Ou seja, o que faz deteriorar o asfalto? o pesado ou o leve?

O jornal de maior circulação do nosso estado (RS) publica uma matéria informando que um alto percentual (mais de 50) de flanelinhas, é foragido da justiça ou se encontra em condicional. Em contrapartida, não existe fiscalização/abordagem no setor em dias de shows, jogos, finais de semana, teatros, etc... ou seja, se vc for extorquido, assaltado ou tiver outro tipo de problema com um flanelinha, dificilmente teremos uma prisão (mesmo o cidadão sendo fugitivo ou tendo contas a pagar com a justiça) agora, experimente ser pego no bafômetro?

Foi criada uma lei (nova) proibindo de dirigir quem consome bebidas alcoólicas (comercializadas lícitamente), em qualquer faixa de consumo, a conhecida lei saraiva, tolerância zero, mas em contrapartida, quem consome drogas como maconha ou cocaína (vendidas ilícitamente) não é fiscalizado ou caso seja, é liberado...

Ainda nesta mesma linha de raciocínio, o governo alega que a fiscalização é ineficiente (seja para bafômetro, armas, drogas, etc...) por falta de efetivo, mas fui abordado no litoral agora no verão, por brigadianos, que conferiram apenas os documentos (verificando recolhimento de IPVA), perdendo a oportunidade de verificar o porta malas do meu carro, que poderia ter um cadáver, o portaluvas, que poderia ter uma pistola ou um revólver, o banco traseiro ou meus bolsos, que poderiam conter drogas, ou até mesmo me pedido para soprar o bafômetro. Sem falar se poderia estar com faróis de xenon, escapamento barulhento ou outras coisas proibidas que gerariam multas...

Uma ou duas reportagens de um programa dominical, mostraram adolescentes que praticavam roubos em postos de combustíveis, atacando clientes de lojas de conveniência e sempre os agredindo com muita violência (coronhadas, socos). Uma outra mostrou o que acontecia com bicicletas que eram deixadas propositalmente sozinhas em parques, para ver o que acontecia. O exemplo realizado em nossa capital, mostrou que poucos minutos foram suficientes para o sumiço da bicicleta. Em contrapartida, e de acordo com o ECA (o nome não podia ser melhor) o rosto do criminoso foi ocultado. Porque será que não podemos ver a cara de quem nos assalta, o que imagino até ajudaria na captura, pois muitas pessoas poderiam ver e identificar...

É mesmo difícil de entender. Porque se uma lâmpada na rua queima ou se uma placa é atingida num acidente, se a pintura das faixas nas estradas estão apagadas, o conserto demora tanto tempo? Nunca existem verbas... Em contrapartida se um pardal for atingido, ou um parquímetro, quanto tempo demora a reposição ou o conserto? O que beneficia mais a população, um parquímetro ou uma placa de sinalização? O que diminui o risco de um acidente, uma pintura visível no asfalto ou um pardal ? No entanto, mesmo entendendo que uma opção beneficiaria mais pessoas do que a outra, a contramão das coisas parece ter um poder magnético muito maior.

Para finalizar a melhor ou maior de todas. Um estatuto (desarmamento) foi criado com a intenção de tirar da bandidagem um grande número de armas, pois, no entendimento de quem legislava na época, o bandido tirava a arma do cidadão de bem em um assalto ou outra ocasião, e posteriormente a usava para cometer crimes. No entanto, para configurar a contramão das coisas, ontem foi noticiado na imprensa que os bandidos atacaram um centro de treinamento da POLÍCIA no centro do país, roubando FUZIS e PISTOLAS, além de munição suficiente para usar esse armamento por um bom tempo, afinal lojas não vendem balas pra fuzil. Claro que ninguém viu, ninguém foi detido. Agora experimenta atrasar a pensão alimentícia....

E depois eu que sou Saraiva.